sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Mesmos os covardes podem se divertir


Como já disse em meu ultimo post, eu escrevo quando acometido da terrível enfermidade da inspiração. No momento estou tentando juntar os fiapos de inspiração que teci durante a semana, transformando-os em colcha de retalhos, com a habilidade e destreza de uma octogenária.

Não é novidade pra ninguém que como estudante universitário eu deveria estar deveras ocupado e preocupado neste fim de semestre, com todas as atividades avaliativas se aproximando insensíveis às pilhas de livros que deveria ter lido e que agora é que não lerei mesmo. Infelizmente tenho a tendência de, ao contrario dos outros estudantes, apresentar quedas vertiginosas em meu nível de responsabilidade todo finais de semestre.

 É com um misto de orgulho e vergonha que confesso que esta semana eu fui mais vezes ao boteco ou ao shopping do que a faculdade. Se for uma saída covarde para não enfrentar as dificuldades das obrigações, eu tenho de admitir que às vezes evitar o confronto tem seus méritos. Vez ou outra, algum professor professa a máxima “não deixe a universidade acabar com a sua vida”... só tenho a dizer que nos últimos quatro anos minha vida tem sido constantemente maltratada pela faculdade e incapaz de reagir ou conjurar ajuda, fiz da faculdade minha vida. Abdiquei dos pequenos prazeres da amizade ou do romance em prol de estudos e pesquisas e mesmo aos finais dos semestres, quando arrependido de minhas escolhas eu simplesmente contentava-me a ficar em casa trocando textos por romances ou quadrinhos.

Mas gravo em pedra meu manifesto; enquanto houver talco na pista e o sanfoneiro não dormir eu irei dançar... rir... chorar e viver... e por que não estudar comedidamente e continuar sendo o bom aluno que sou.

Evitando os extremos L.M

Hoje é sexta....poxa nem parece!

Meus caros fantasmas...

Eu realmente queria escrever algo, então estou escrevendo sobre algo que hoje me incomodou... mais um assunto banal por assim dizer!



Todos nós temos fantasias sobre as mais diversas coisas, a imaginação nos comanda muito mais que realidade, já dizia um professor meu....E uma simples sexta-feira nos  desperta um sentimento de esperança tão grande que nem imaginamos, toda sexta traz consigo uma animação e um poder de liberdade envolvente, nossa mais inconsciente  espera!
Minha intenção não é decepcionar ninguém, nem implantar a contradição.... só estou hoje aqui para relatar que nem todas as sextas são AS sextas....
Hoje o dia amanheceu de fininho, sem promessas de um dia suave e ao mesmo tempo acalorado (promessas típicas de uma sexta feira), mas eu ainda estava tomada por uma esperança que hoje seria A sexta, mas as esperanças não foram as ultimas a morrerem, na verdade foram as primeiras, e a cada hora que passava ficava evidente que hoje nem poderia ser chamado de sexta-feira.
Vou confessar a vocês, que seria muito bom colocar uma roupa bonita, não pensar em nada e sair com amigos....mas como já disse hoje não me parece uma sexta-feira e as tarefas acumuladas são muitas...

É meus caros percebo por essas conclusões que o final de semana também não deverá ser aquelas coisas... se é que poderei chamar esses dois próximos dias de fim de semana embasada por todas as suas devidas promessas imaginadas.


Da garota meio desesperançada e acumulada de tarefas, L.C.

sábado, 20 de novembro de 2010

A razão de escrever nas quintas!(ou não)


Tenho de confessar que eu não estou com humor para escrever-lhes hoje. Minha proposta nunca foi submeter-me à prazos ou as infinitas crises de consciência que garantem o cumprimento dos mesmos, quero buscar prazer ao escrever, seja em sua concepção ou em sua fruição e quem sabe na recepção por parte dos outros. Temo que meus dedos se convertam em facas ferindo o teclado e aqueles que por ventura venham a ler estas palavras, mas darei uma chance à inspiração.

Venho me tornado cada vez mais indolente com o habito de escrever que deveria ser cultivado e não ficar refém dos humores. Escrever é o complemento da leitura, pois é a forma mais nobre de reelaborar e refletir sobre o que se tem lido, escutado ou vivido, é um meio de transformar acontecimentos em experiências.

 Não é por falta de acontecimentos que não tenho escrito, afinal até estava em um boteco enquanto outros escritores deste blog reclamavam de estar em casa. O que falta é transpor a barreira da preguiça e dar forma as idéias que povoam minha mente, enquanto ainda consigo ouvi-las.

A inspiração não é uma constante, são curtos lampejos de potencial oculto que qualquer pessoa é capaz de conjurar de seu intimo e ao lado da intuição compõem os canais mais misteriosos de contato com o mundo externo.

 Como um incêndio que consome tudo em seu caminho, a inspiração só necessita de uma fagulha para iniciar, mas some tão rapidamente como aparece deixando para traz apenas um mar de vidro onde outrora se encontrava uma praia de infinitos grãos de momentos. Ninguém além do próprio autor sabe dizer que elementos são capazes de reavivar as cinzas mornas das páginas prontas e fornecer o combustível das próximas linhas. Na maioria do tempo apenas tentamos ao acaso as mais diversas combinações em busca da formula da se escrever, quantos não morreram em tenra idade por excessos de todo tipo na corrida desenfreada de dar forma às angustias da alma.

Seriam um sorriso de menina, beijo de mulher, promessas de amor ou amizade ou mesmo doses de rum com coca-cola os segredos do animo que se apodera meus dedos em posse de uma caneta ou teclado? Apenas o tempo dirá. 

“Tomando uma coca num buteco” L.M

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

...Fragmentos!

Olá fantasmas!

Hoje é sexta feira, e o sensato seria ir para qualquer barzinho bacana, beber uma cerveja gelada acompanhada dos amigos!Mas isso é para quem pode transformar o cansaço da semana em agitação para o fim de semana. Eu, infelizmente, não tenho o talento social. Então como o filme que estava assistindo acabou e nada mais me interessa na TV, escrevi um fragmento, sem começo nem final (e talvez sem sentido)



Já não temos mais desempenhado nosso papel corretamente. Estamos falhando. Deixamos de sorrir nas reuniões sociais, regadas de soda e etiqueta. Estamos deixando a dor aparecer, o pensamento florescer e as sensações instantâneas crescerem. Estamos mudando os hábitos, rompendo com o tradicional. Não notamos mais a perfeição em se ter uma rotina, na verdade estamos evitando-a. Pouco a pouco estamos deixando de fingir que somos felizes e aceitando que a vida não esta naqueles livros manuais, temos que lutar. O mais importante agora é que estamos de mãos dadas.



De sua eterna amiga da madrugada, L.C

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Como terminar um feriado com estilo (ou não)

Não costumo apreciar feriados, para mim todos eles têm cara de domingo e não gosto de domingos. Gostaria que os feriados fossem mais como os sábados... não, não gostaria. Meus sábados normalmente estão subordinados a máxima “fora da caridade não há salvação” então acabo envolvendo grande parte de meu dia em atividades religiosas. Não costumo sair às noites, nem as tardes ou manhãs, acho que sou um sujeito caseiro. Enfim, não tenho propostas para melhoras meus feriados, talvez viajar, mas pra tanto me falta dinheiro, só me resta conformar com o que tenho. Terminado as divagações eu gostaria de ter umas palavras com vocês, caros desencarnados digitais que vagam por este blog.

Misteriosamente este fim de semana prolongado de proclamação da republica foi um tanto peculiar pro meu gosto. Alternei todas as estações em apenas três dias, fiz coisas que pensei ter deixado em meus tempos de ensino médio e não me arrependi, emocionei-me com as mais simples histórias e passei madrugadas imerso em suas linhas, também fui consumido do cansaço inexplicável pela preguiça ou esgotamento das forças.

Não carrego culpas ou tristezas destes últimos dias, estive com ótimas pessoas das quais eu teria negligenciado se aqueles com quem eu gostaria de estar não estivem fora, agradeço estas ultimas por me lembrarem que a necessidade nos obriga a procurar alternativas.

Não pretendo me alongar minhas divagações madrugais, deixarei isto para o tradicional post de quinta.

 Só têm algo que deixei de fazer, me despedir das presenças silenciosas do mensseger que costumam ficar off line assim que eu termino belos textos de despedida para garotas das quais ignorei o aviso de disponível por horas. Talvez isto seja sorte, talvez providência, mas de qualquer forma deixo aqui um boa noite à todos aqueles que aproveitaram estes últimos dias.

   Amanhã é rotina, c’est la vie!  L.M

sábado, 13 de novembro de 2010

Uma teoria sonâmbula

São 1:46, a casa esta silenciosa e eu sem sono algum....pensei, fiz alguns planos para um futuro recente e acabei decidindo por fazer um pouco de companhia a fantasmas, que como eu, dormem tarde e não participou dos embalos que um sábado oferece.

Só quero apresentar aqui minha teoria sobre o amor... para essa pseudo-escritora, esse sentimento não tem definição, uma nomenclatura certa, nem é uma doença aonde todos seus sintomas são fixos.A verdade –pelo menos pra mim- é que amor é uma construção de ações cotidianas.
Ações que não são, iguais aquelas dos filmes, aonde só palavras bonitas serão faladas e tudo será perfeito como um dia de sol...
Amor são conversas silenciosas que ambos entendem o significado. É percepção da eternidade que um minuto possui.
São olhares que ninguém viu gestos que ninguém reparou. É achar graça de um simples olhar ou de um sorriso.
É se sentir protegida por um abraço, de ter suas esperanças renovadas com um afago na mão.
Amor mesmo é um amontoado de afinidades ou de aversão. O que tem um significado exato e o indescritível
A linha tênue que separa ódio e paixão...
Enfim é o tudo e o nada!

A sua filósofa da madrugada.L.C.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Angustias


Nunca tentei escrever algo cuja personagem principal fosse uma garota, penso que seja mais uma mulher adulta, balzaquiana, experiente, mas desiludida. Não pararei pra fazer descrições pretendo trabalhar mais afundo esta personagem em algum conto futuro então deixo aqui apenas um pequeno fragmento. Espero que se divirtam.


“Incomoda-me, e muito, ver o homem com o qual gostaria de desenvolver um relacionamento, rodeado de amigos e sorrindo como um babaca. Não que a felicidade dele seja um problema em si, o problema é que se resume apenas na felicidade dele e, naturalmente, dos amigos também. Aqueles sujeitos barbados e mal trajados sentados bebendo suas cervejas tem para mim e mesma relevância da mesa, não são meus amigos e a identidade deles se resume a serem apenas amigos dele e nada mais.

Não consigo manter minha paz de espírito, o mero fato de estar na mesma mesa não garante que eu esteja inclusa. Cada riso, gargalhada, olhar ou piada me ofende, parece-me que estou excluída da mesa e em ultimo nível da vida deles. Tenho plena consciência de que eles discutem e relembram de coisas das quais não fiz parte, só não sou reduzida a mero objeto, pois eles teimam em me expor como uma conquista do homem ao meu lado.

Pode ser um caso de falta de confiança, eu sei que poderia cooptar a atenção destes homens retirando-os do caldo comum que dividem e me permitindo sorver alguns de seus goles. Não dividi da carne e do vinho, dos segredos e das verdades, da praça e do leito, nem mesmo tenho a vantagem da mulher desconhecida que oferece um mundo de possibilidades.

Paixão e amor romântico convivem e se misturam da mesma forma que um casal se re-apaixona continuamente, sempre encontrando novos desejos para serem saciados, há aqueles que sem nunca terem divido o leito ou terem dado vazão aos seus impulsos têm plena certeza de se amarem. É muita presunção restringir toda a variedade de relacionamentos humanos à procura de um amor que nem podemos definir o que é. Se a felicidade não é deste mundo, isso não nos impede de sorvermos algumas doses de contentamento. Não sei amar como os anjos, mas ainda posso procurar a felicidade e quem poderá dizer que estou errada.

Não permito mais perder-me nas paixões juvenis que turvam o raciocínio. Talvez seja tolice, mas gosto de pensar que em ter um relacionamento que possa controlar. Não sou uma mulher que arrebate corações, meus lábios ressecados de falta de contato anseiam o sopro de vida que aquele homem pode me oferecer.

Dizem que amar é sofrer. Alguns lidam melhor com esta máxima, outros preferem se abster do combate, eu faço parte do segundo tipo, não tenho coragem de arriscar-me em um relacionamento incerto, prefiro apostar minhas fichas em um sentimento que surja naturalmente na convivência. É ai que está minha angustia.

Confiar no florescimento de uma relação, na progressão da amizade para o namoro, da afeição para o amor, não comporta passividade. São necessárias ações constantes de manutenção e aprofundamento da intimidade. Quando estes homens me apartam de sua conversa meus esforços estão sendo desperdiçados. Negam-me a oportunidade de assimilar ainda mais a pessoa amada.

 Sei que o que faço é arriscado, estou sempre na iminência de cair no egoísmo, de tornar este homem em um objeto e me apoderar do que não deve ter dono, tornar-me muito possessiva e deixar de respeitar o tempo e a privacidade que ele precisa para amadurecer seus próprios sentimentos. O que dói mais é que tenho certeza de que já passei do ponto de retorno, só posso pensar que se ao menos ele me chamasse, se ao menos, se...”

Bem, é isso ai. Meu mais longo post, talvez algum dia eu coloque o link do conto completo, ou não.
L.M

domingo, 7 de novembro de 2010

Eu apenas reconheci vocês, caros amigos!

Meus queridos fantasmas...


Ofereço minhas mais sinceras desculpas por abandonar o blog, mas esse começo de fim ano é complicado na vida acadêmica.

Como não sou uma escritora assídua, eu dependo de –breves- momentos de inspiração e devo revelar que até meia hora atrás não tinha idéia nenhuma do que poderia escrever. Então me veio em mente falar de uma força poderosa, na qual ninguém pode escapar para descrevê-la melhor eu poderia usar vários outros nomes e adjetivos, mas prefiro apenas chamar de Amizade.

A brincadeira de pique-rela no recreio era um momento muito oportuno para se fazer amizades, eu me lembro de várias amizades formadas naqueles 15 minutos. O fato de ser a filha da professora mais temida da escola também abriu muitas portas ao mesmo tempo em que fecharam algumas, mas no primário o importante era mesmo ter alguém pra conversar na sala de aula e brincar no recreio...

A medida que vamos crescendo e deixando as brincadeiras do recreio de lado, a amizade vai se formando a partir das afinidades com o outro.A maioria dos amigos mudam com o tempo – e de acordo com nossas mudanças- mas sempre há os melhores, aqueles que mesmo quando você passe de patricinha a uma  gótica puro “rock and roll”, eles continuam te apoiando  e o melhor te entendem sempre!

Se quando acabei o ensino médio eu não consegui pensar o que faria sem aquelas pessoas que via toda manhã (a única coisa que me confortava era que todas aquelas amizades ficariam para sempre) mesmo os vendo de tempos em tempos sei que o sentimento continua o mesmo!

Agora que entrei na faculdade, conheci pessoas fantásticas, no qual minha vida de estudante seria uma tristeza e uma monotonia sem fim. E o sentimento de acabar o curso e não encontrar mais aqueles rostinhos no corredor me assombra, mas o que me conforta é que verdadeiros amigos não se separam, a distância não assusta mais quando o sentimento é maior!

E não querendo ser muito melosa ou sentimental  (apesar de que uma tarde do domingo ajuda ) só queria dizer a todos vocês que me ajudaram a passar por cada obstáculo e  que me acompanharam em cada risada,que  estarão sempre junto comigo em qualquer lugar que eu vá!

E para encerrar, só posso concordar com Vinícius de Morais quando disse:”Não fazemos amigos, reconhecemo-los”

De sua amiga L.C