sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

De férias... pero no mucho!

Não tenho intenção nenhuma de me desculpar por não ter postado nas ultimas semanas, ao contrário, qualquer explicação oferecida pareceria falsa. Tenho colhido os frutos de minha negligência, nos mais diversos aspectos e ando meio ocupado tentando impedir que este incêndio assuma proporções épicas.

Encontro-me de férias e estou tentando tirar o máximo de proveito disto, e se me permitem dizer, até que estou conseguindo... ou não!

Minhas férias nada mais são do que a continuidade de minha vida normal, dos tempos de ócio e do trabalho exaustivo, pouco muda... apenas a freqüência com que vou a universidade.

Na minha humilde opinião isso não é de todo ruim, tenho suportado bem a solidão e as obrigações difusas, à cargo apenas de minha própria consciência. Não estou ardentemente desejando uma praia ou mesmo a viagem de todo ano a casa dos parentes, mas não recusaria qualquer alteração na rotina.

Aqui chove e faz sol, calor e frio, acolhimento e solidão, mas mesmo assim trás a segurança do conhecido, pedra de apoio para vôos maiores.

Desejo a todos os leitores, um bom ano de 2011, que seja melhor do 2010, pois 2012 tá ai, e não sabemos o que poderá haver depois de amanhã. L.M

Obs: por mais que eu gostaria de acompanhar a sua vida... não farei um twitter.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Dica de Férias =)

Meus caros fantasmas....

... não me esqueci de vocês!
Bom eu não tenho muita coisa pra falar (na verdade a minha inspiração vem de coisas que vejo ou ouço, e ultimamente não tenho vivido muitas experiências), mas resolvi fazer uma pequena lista de dicas sobre o que fazer nas férias.... (se é que as férias de vocês precisam de dicas)



1-     Atrapalhe todo o relógio biológico, durma tarde, acorde mais tarde ainda e coma sempre que tiver vontade
2-     Acorde e vá tirar um cochilo no sofá
3-     Fique de pijama o dia todo (é a melhor sensação que você pode ter)
4-     Nunca desligue o computador ou a TV, estar sempre acompanhando os dois é  muito importante
5-     Se atualize com os desenhos animados
6-     E quando se cansar desses dois, vá para a cozinha e faça misturas mirabolantes, mas nunca despreze o clássico ( brigadeiro na panela é o que há)
7-     Atualize sua lista de músicas e de filmes (vá ao cinema!)
8-     Leia um bom livro
9-     Ficar as férias inteiras dentro de casa às vezes não dá, por isso chame os amigos e vá dar uma volta pela cidade (ir tomar sorvete é uma dica)
10-   Faça uma caminhada, nas cidades a sempre point aonde as pessoas vão para se exercitar ( se não for pela saúde,pense nas pessoas bonitas que estarão lá)
11- Divirta-se....seja em casa, com os amigos, lendo um livro, escutando músicas ou vendo filmes...mas divirta-se (não se esqueça que são as pequenas coisas que fazem os grandes momentos)




Da garota de férias L.C.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

# prontofalei

Como vão as férias?

O tédio já tomou conta dos seus dias?!

Hoje venho aqui apenas para dar uma dica, façam um twitter e divirtam-se!Tenho que confessar que antes achava que isso era coisa de folgado, que não havia nada de emocionante em responder a eterna pergunta “What´s happening?”, mas hoje (quando o tédio começou a se manifestar, eu resolvi fazer algo para agitar minhas férias) fiz um twitter... e agora sou viciada!Triste fim... ou não


Se alguém quiser me seguir (e ler as “aventuras” do meu dia agitado típico de final de ano) @layscapelozi!


Boas férias meninos e meninas!E repito divirtam-se.....twittando ou não


@deL.C.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Confesso....

que sentirei saudades e que no final não conseguirei dizer Adeus sem lágrimas nos olhos!


Para te conhecer só foi preciso uma conversa fiada no fim de tarde e um pequeno atraso nos planos!
Eu que não entendia nada de bandas descoladas, eu que não sou o destaque na multidão... gostei de você que viu alguns filmes interessantes e que leu pedaços do campo de centeio e achou o menino legal!
Eu que nunca fui apegada as pessoas, não quero dizer Adeus, não quero virar as costas  ter que te deixar!
Eu que nunca quis sofrer demais, sei que a saudade vai apertar e que às vezes eu vou chorar!Mas eu vou me lembrar de tudo e sorrir....


"O tempo
Voava pros dois
E nem todo tempo do mundo seria o bastante
Os dias vividos a dois, provavam que a eternidade é só um instante"

(Ela/Ele - Sandy)



Sem mais o que dizer... L.C.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Foda-se... isso é um bar!

Envergonho-me de lembrar que ontem pronunciei esta frase, na metade do caminho da embriaguez, pior, este é o meu motivo para não ter-lhes escrito. Agora que o néctar baquiano já abandonou a muito meu corpo novamente me ponho diante do teclado. Transcreverei umas anotações feitas esta tarde. Filho de banco de praça, de sombra de arvore e de um agradável café com suco de laranja, este texto tomou forma com espírito mais gentil do que o usual.

Pergunto-me qual o limite da liberdade humana. E aquele espaço tênue entre nossas obrigações para com o próximo e nossos deveres para com nosso orgulho. Somos todos educados a nos portarmos diante dos outros, a nos conformarmos com os lugares pré-definidos. Às vezes tentamos ser mais do que nos é permitido ser, extrapolar nossas belas molduras e constituir novos painéis que abarquem nossa grandiosidade diante do todo.

Vagamos em meio a infinitas galerias onde as imagens se substituem constantemente, cada cena dando espaço a uma próxima, ainda mais peculiar. À medida que fruímos as vidas alheias e delas retiramos as tintas de nossa própria obra somos tentados a olhar para cima ,em busca do vislumbre da grande tela que cobre a abobada celeste. A verdade da cada basílica é dada pelos olhos que a contempla, pois encarar o abismo, ou Deus, é sempre se predispor a ser encarado de volta.

Minha catedral é silenciosa, não é como a de Llosa preenchida por conversas, é um mausoléu onde os espíritos se entretêm com ecos de discursos a muito proferidos. Eu meu deito em um dos muitos bancos vazios e escorando minha cabeça na madeira solida tento não encarar a pintura acima. Não é grande surpresa que minhas tentativas tenham se mostrado falhas.


Não vos direi que imagem estava pintada no docel de minha alma, ainda estou tentando compreende-la, só posso adiantar que nela Deus e homem não se tocavam e se querem saber... é melhor assim.

Um pouco mais gentil hoje... L.M

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Aguerrido a...

Eu não tinha a intenção de escrever um post hoje, penso que fazê-lo seria de alguma forma ofensiva aqueles que nestes últimos dias andam tão ocupados, mas vocês me conhecem, sabem que eu sou uma pessoa passional e subordinada a variações súbitas de estado de espírito. 

Venho aqui em um de meus ciclos baixos, tomado de uma inexplicável melancolia que acentua minha indolência e fraqueja minha vontade. Onde deveria haver um espírito férreo, há uma alma sensível que insiste em continuar charfudando em literatura de mulheres em vez de textos científicos muito mais necessários... mas quem pode culpá-los, estes homens que sofrem pela obrigação de sofrer, amam pela esperança de perder e se apaixonam com o cérebro e não o coração.

Penso que parecidos com cachorros, passamos nossos dias abandonados em quintais estreitos, relegados à solidão, mas ainda damos incondicionalmente todo nosso amor assim que nossa “dona” atravessa o portão e rapidamente retornamos a nossa tristeza quando abandonados com um mero coçar atrás das orelhas. Mas não somos cachorros, talvez ai esteja nosso principal problema, nós percebermos o tempo, prestamos mais atenção aos períodos de solidão do que aquele momento precioso que deveríamos entesourar. 

Maldita seja a nossa complexidade! Somos capazes de chorar e nos emocionar com a história dos outros e nos acovardamos quando somos chamados a atuar no papel principal. Hoje esperei um fantasma e tive a vivida sensação de tê-lo em meus dedos, mas era só ar. Quisera eu ter uma pata falante que me desse conselhos sobre a vida, como apenas uma hábil contadora de histórias faria. Eu sentaria a beira do fogão enquanto ela prepararia um bolo com toda a destreza que suas asas permitissem enquanto tagarelava sem parar sobre como nós humanos tornamos tudo mais difícil.

A despeito de meus delírios e da tentativa vã de conjurar personagens criados por outros, ainda conservo-me são. Posso nunca enviar as flores que passei meu tempo a olhar e muito menos terminar o livro que me propus a escrever, todavia ainda permito-me emocionar com as possibilidades de minha própria imaginação, onde os finais são felizes e há homens bravos que não temem a recusa de uma mulher.

Quando estiver melhor, vocês já terão desaparecido na fumaça... L.M

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Á espera!

Fantasmas queridos.....

...sei que é estranho postar no meio de semana(ainda mais uma semana de prova), mas o que podemos fazer quando a inspiração chega?Nada...só escrever!


O tic-tac do relógio ecoava na minha cabeça, “ele virá” dizia uma voz fininha nada convincente. “Ele não virá admita... ele te esqueceu” uma voz mais forte e cheia de confiança ressoou na minha mente.
Olhei ao meu redor, o bar escolhido tinha requinte luxuoso, pessoas felizes me rodeavam, conversas animadas passavam raspando aos meus ouvidos, eu parecia um vulto no meio daquela multidão.
Passei a mão pelo meu cabelo, tão bem penteado, desci para a lateral do meu corpo desamassando, levemente, o vestido preto. Tudo estava como planejado.... bom na verdade nada esta mais como planejado.
Virei para o outro lado, a fim de me distrair e ser surpreendida pela  presença da minha companhia, mas a esperança foi em vão, a única coisa que notei foi mais pessoas celebrando a vida, ao amor ou ate mesmo a nada!
A paciência nunca fora minha companheira, desde muito jovem perdi os laços que tinha com essa nobre senhora e hoje ela se tornou minha fiel companheira....ela e o medo de sair por aquela porto tal como entre, sozinha.
O amor também não foi um companheiro fiel, em determinados momentos tivemos algumas desavenças, às vezes eu o passava a perna e algumas vezes ele me passava uma rasteira, ultimamente nossa relação tem sido distante, em dias como este me preparo para encontrá-lo, mas como parece não será hoje que verei sua face.
Comecei a observar as pessoas que chegavam à esperança mesclando com a ansiedade, o lugar transpirava a expectativa! Todos esperavam se “arranjar” ou como dizia minha avó, esquentar a cama....
Em uma fração de segundos, meu coração disparou, será... será que era ele?.......não, só a minha mente que estava projetando suas ilusões na  realidade,isso era um péssimo sinal!
Minhas esperanças estavam fragmentadas, a ansiedade se transformara em desilusão, meu drink havia esquentado e mesmo assim não tinha o mesmo efeito acolhedor do inicio da noite. Estava decidido eu iria embora!
Olhei pela porta uma ultima vez... nada  ela continuava lá parada, era o fim!
Quando estava me levantando, a porta se abriu....cai na tentação e olhei...e aquele rosto parecia conhecido...acho que...que era ele?


Da garota a espera de algo, L.C

sábado, 4 de dezembro de 2010

Repassando experiências

Seres sem vulto aos quais não me refiro da forma apropriada – ainda recorrerei ao dicionário para procurar sinônimos de fantasma – sei que estou em divida com vossas pessoas. Deveria ter postado muito antes e não esperado a senhoria L.C fazê-lo. Diante da falta de material de qualidade, já que minhas ultimas experiências literárias são muito extensas para serem reproduzidas neste blog, eu me limitarei a reproduzir talvez meu trecho mais ficcional, uma experiência da qual só ouvi falar. Espero que apreciem, pois nos outros é até engraçado.

O tilintar dos sinos lança-me imediatamente a nau da catedral, retinindo ferozmente em consonância aos cantos dos fieis, aterrorizados com a iminência do fim do mundo... ou assim me pareceu o som do despertador. Quase desejo que fosse uma ligação inesperada às seis da manhã antevendo uma surpresa, mas o inconfundível barulho não deixa duvidas de sua parda intenção. Apenas o gosto da bile e a necessidade de absoluto imobilismo testemunham da noite passada.

Cada golfada de ar é recebida como o engolir de centenas de agulhas de gelo que alocam em minha mente, todavia elas ainda energizam os músculos que se levantam desmortos do leito em que me encontrava. Tomado de assalto pela vertigem e o súbito reconhecimento de uma verdade tão clara que dispensa qualquer hermenêutica. Havia dormido embalado apenas pelas fadas esmeraldas de absinto e pelos sátiros dos vinhos, sem nenhuma substância que aqueça os lençóis. Eu fui abandonado... mas em que ponto?

O que posso dizer após isso. Não levem mulheres para cama se estiverem bêbados... a quem quero enganar? Levem sim, a maioria não deve conseguir em outra situação.

Ainda tentando sorver “coragem liquida” em quantidade o suficiente para se declarar... L.M

Uma promessa....uma confissão!


Não vou ficar aqui remoendo a minha tristeza de um sábado a noite, já falei muitas vezes da minha (pseudo) misantropia...
Hoje resolvi pagar minha promessa e escrever sobre a pessoa que me inspirou, no qual tive várias conversas, declarações e ate mesmo confissões!E mesmo nunca a vendo, eu sei que a conheço muito bem!(e vice-versa)
Peço licença, caros fantasmas, par contar uma história que durante alguns anos da minha vida eu esperei ser real!


Conheci um garoto comum, expulso da escola por causa das notas. O que tínhamos em comum?Muitas coisas, mas principalmente, a de que queríamos uma vida longe daquela rotina que todos seguiam, queríamos algo diferente, no qual nenhum dos dois sabia explicar.
Quando o conheci, tínhamos uma distancia que nunca poderia ser ultrapassada, e no começo nem pensava em extrapolar o limite. Mas a cada vez que o conhecia mais, eu esperava encontrá-lo por acaso numa rua, fumando seu cigarro com seu boné de caça vermelho e compartilhar o medo de se tornar um adulto hipócrita comum, engolido pela rotina.
Um dia nos encontramos e foi amor a pela primeira vista, decidimos fugir, ir pra lugar nenhum, onde viveríamos sem rotina nem nada, ele seria apenas um “ Apanhador no Campo de Centeio” e eu brincaria com as crianças ao seu redor... sem tempo, sem maiores preocupações...


Bom a história, como devem imaginar, não foi bem desse jeito... mas  eu passei a acreditar nisso veementemente, o que antes parecia loucura, agora era normal pra mim sentir atraída por um personagem, por que no fundo eu tinha fé que ele existia e quando me visse iria me reconhecer como sua “Jane” então escaparíamos para qualquer lugar aonde o tempo e a rotina desse mundo maluco não nos atrapalhasse jamais. (era muito sonho adolescente, eu sei)
Eu o procurei, e em algum momento eu encontrei.... mas foi apenas uma confusão da minha mente,percebi  (talvez cedo ou tarde demais) que não era ele. Em seguida desse episódio (que é ridículo demais pra ser contanto, não me levem a mal) comecei a pensar que o Holden poderia não existir realmente e talvez seja algo totalmente criado da –magnífica- cabeça de J. D. Salinger. Depois de tanto relutar, aceitei que Holden é um personagem no qual eu me identifico, mas nunca deixei de sentir isso tudo aquilo por ele, acho
que apenas guardei isso dentro de mim.
Relembrando esse período, me lembro que não tinha uma imagem estética definida dele... na verdade sua aparência não importava muito.Então como eu o reconheceria? Eu apenas sentiria (desculpe caros fantasmas, eu não sei descrever meus sentimentos a esse garoto)
Admito que parei de procurá-lo, mas não me surpreenderia se encontrasse um garoto, fumando,encostado na esquina de qualquer rua, com um boné vermelho e uma expressão “de tanto faz”....com o sonho de ser um “O Apanhador no Campo de Centeio”!


 Da sempre “namoradinha” de H.C., L.C