Minha razão de tudo um dia foi você.
Aquele nosso amor que acabou tão triste.
Paráfrases de um Rei, de um Rei solitário.
Imerso na imensidão do castelo
A fortaleza escura e mal cheirosa,
as sombras dançam o ritmo das velas
ao som do vento a soprar.
Oh! Rei. A majestade na Terra, a coroa dourada
não lhe findou os desejos.
Conquistou as terras, os continentes, os mares.
Mas não conquistou o coração irracional.
O amor, sua final busca, recusou-se a entregar-se, mesmo sob a ponta da espada.
Lá estava o Rei, dono mundo, sozinho.
Como a chama que consome as coisas, mas não consome as cinzas.
Com o mundo à seus pés, o Rei caminhou sobre ele, os rios ficaram vermelhos e viscosos.
Os céus choraram, os corpos apodreciam. O Rei era o fogo a transformar tudo em cinzas.
As cinzas permaneciam, eram tudo aquilo que o Rei não possuía.
Sozinho em seu leito de morte, o Rei chorou, suspirou e recordou as batalhas, o sangue e as conquistas. Percebeu que sua única derrota foi para o amor. Recusou-se sob sua espada.
No último suspiro desejou conquistá-lo...
O Rei não deixou herdeiros.
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