sexta-feira, 15 de abril de 2011

Palavras que já não acredito.

Minha razão de tudo um dia foi você.
Aquele nosso amor que acabou tão triste.

Paráfrases de um Rei, de um Rei solitário.
Imerso na imensidão do castelo
A fortaleza escura e mal cheirosa,
as sombras dançam o ritmo das velas
ao som do vento a soprar.
Oh! Rei. A majestade na Terra, a coroa dourada
não lhe findou os desejos.
Conquistou as terras, os continentes, os mares.
Mas não conquistou o coração irracional.
O amor, sua final busca, recusou-se a entregar-se, mesmo sob a ponta da espada.
Lá estava o Rei, dono mundo, sozinho.
Como a chama que consome as coisas, mas não consome as cinzas.
Com o mundo à seus pés, o Rei caminhou sobre ele, os rios ficaram vermelhos e viscosos.
Os céus choraram, os corpos apodreciam. O Rei era o fogo a transformar tudo em cinzas.
As cinzas permaneciam, eram tudo aquilo que o Rei não possuía.

Sozinho em seu leito de morte, o Rei chorou, suspirou e recordou as batalhas, o sangue e as conquistas. Percebeu que sua única derrota foi para o amor. Recusou-se sob sua espada.
No último suspiro desejou conquistá-lo...
O Rei não deixou herdeiros.

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