quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Vai acabar.

Ser sexualmente reprimido não é ser somente sexualmente reprimido. A repressão do superego sobre o ego, aquele que se exterioriza na civilização, nas outras pessoas – como lhe vêem, como lhe julgam -, nas normais e nas leis estão aí para mostrar como funciona tal coerção. O homem que se julga feliz, não o é, pois essa tão cara felicidade é sempre ilusória, conquistada por meios distorcidos e depreciativos de si próprio.
O amor, o trabalho e a religião não passam de ilusões criadas por nós para agüentarmos tamanha desgraça das mazelas da vida. A natureza humana é sua agressividade e seu amor sexual, isto é, ou destrói ou faz sexo sem limites. Para manter essas duas coisas enlatadas e repreendidas a civilização busca metodologias de canalização desses tendências para outros fins: o trabalho. 
Podem dizer que hoje é melhor do que ontem, pois posso falar com meu filho que estuda fora, viajar longas distancias com rapidez, possuir mercadorias impensáveis outrora. ILUSÃO. A evolução da humanidade e a promessa iluminista de emancipação das mazelas falharam toscamente. Falar com o filho que está fora é muito pior do que tê-lo por perto com o era em tempos passados. Não precisávamos viajar e deixarmos nossa família a nos esperar. Cultivávamos no solo com nossa família. Mesmo assim as guerras persistiram, nunca matou-se tanto como o fazemos agora. Resumindo  a humanidade evoluiu sim, tecnologicamente, mas noutro canto somos piores. Daí a percebemos que a civilização falhou na sua tentativa de nos reprimirmos. Nossa agressividade é tamanha que estamos próximos de ser bons. Foda-se.       

O ÚNICO

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